26 de julho de 2010

Lívida

Branca;
já teu nome te decanta.
Falta até que não faz tanta
coisa assim de uma vez.
Linda, lírio, pele em tez,
e a lingua alinha e outra vez
eu não sei como é que se diz
'delírio' em português.

Tanto!
Teu nome me entrega e eu canto,
mas volto logo pro meu canto
pensando em esquecer de vez..
Linda, lírio, pele em tez,
e a lingua alinha e outra vez
eu não sei como é que se diz
'delírio' em português.

24 de julho de 2010

O minuto de cinco anos

"Abre a porta e sai sem rumo, anda por ruas e estradas esmas e descobre um novo caminho pra chegar até onde nunca havia estado. Conhece novos sons, novos rostos, novos gostos, conhece novos conheceres. Entende que ir e voltar são mais ou menos o mesmo, e que não há de fato um 'lá' nem um 'cá'. Dá. Vai até onde consegue, pelo menos pra descobrir que também não há fim. A esmo, vai. Vai!"

Ao que o outro (ou será o mesmo?) responde: "Ai, espera só um minutinho..."

19 de julho de 2010

Pospotência

E, na última página, uma frase boiava solitária no meio de um plano branco, dando (por tirar) sentido a tudo: "Tudo nesse livro pode estar errado."