8 de setembro de 2009

desolação

Ele colecionava ampulhetas, mas hoje, em sua ânsia de destruir o tempo, reduziu sua coleção a pedaços de vidro e areia espalhada.

11 comentários:

Anônimo disse...

Consigo pensar nisso como uma metáfora perfeita para a condição da sua literatura, Daniel.

chayenne f. disse...

é, é por aí mesmo que as coisas andam.

Clara disse...

"- O tempo não existe.
- Existe, sim, e devora."

Daniel Gaivota disse...

Ainda continuo tentando escapar dele. NÃO vai me devorar. E se devorar, garanto: vai ter a pior indigestão de sua vida.

Fato é que acho que estava realmente chegando perto de escapar, mas aparentemente derrubei minhas ampulhetas e agora minha literatura é areia colorida no chão.

Agradecimentos sempre a Anônimo (ao que tudo indica, sempre o mesmo crítico mascarado), por me lembrar de como eu ando escrevendo mal.

E a vocês, que existem na realidade (em alguma realidade) e que vêm até o chão ler o que escrevo. Cuidado com os cacos de vidro, entretanto.

Gi disse...

"Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra." (Mário Lago)

Pode ser que vc chegue lá.. ;]

Rafael Shimoda disse...

hauhauhaha

Genial a perda de tempo na tentaviva de fuga do tempo!!

;p

Beatriz Fig disse...

"minha literatura é areia colorida no chão." Tive uma bela imagem disso. Literal mesmo, de imaginar terrinhas coloridas num chão de madeira, formando novas cores e tal.. rssss

Ia comentar outra coisa, mas fiquei sem graça. Era uma brincadeira. haha

Beatriz Fig disse...

Cara, tô no seu orkut. Foi vc que escreveu sobre o amor? pqp! Adorei! Muuito genial! Eu pensava totalmente diferente a uns tempos atrás e as poucos fui perdendo o rótulo que fiz sobre o amor. Tento cada vez mais tirar os limites que impuz a ele e me importar menos com coisas e amar mais, do meu jeito, mas amar mais.

=D

Daniel Gaivota disse...

Também acho lindo aquilo, mas não é meu, é do Moska! É uma música chamada Vênus.
A música nem é grande coisa, mas no meio da música ele começa a falar, ai é maravilhoso. Depois tente escutar. Tem no 4shared.com

A gente coloca muitas condições sobre o amor, e acaba vivendo só as condições.

Beatriz Fig disse...

Ah! Legal! Eu gosto dele, não conheço muito, mas gosto rss Vou procurar!: )

Ferreira, Lai disse...

Não sei se ainda é válido comentar aqui.
Ah, claro que é, sempre é.
Mas um dia não acreditamos que sua coleção de ampulhetas existia.
Logo eu, não acreditei. Nem que elas eram metafóricas. Não acreditava, elas não existiam.
Então eu vi. Em cima da estante. Umas delas é só carcaça agora, foi a que quebrou-se. Foi a de areias amarelas?
Só que acho que ainda não acredito. Ou acredito menos ainda.

(nonou)